Tegucigalpa é a capital de Honduras, um dos países mais vulneráveis a ameaças naturais no mundo.
O trabalho realizado baseia-se nos resultados das sessões colaborativas realizadas com os principais atores envolvidos, que foram posteriormente utilizados para desenvolver modelos quantitativos de risco. Esses modelos são usados para obter curvas de frequência-perdas para diferentes cenários, incluindo os efeitos das mudanças climáticas.
Por fim, os resultados do risco são incluídos em uma análise de custo-benefício para justificar a necessidade de novas medidas de redução de riscos estruturais e não estruturais, promovendo uma gestão mais robusta do risco de inundação.
O procedimento inovador aplicado em Tegucigalpa pode servir como exemplo de quantificação de riscos baseada no trabalho colaborativo. Além disso, a base desse procedimento pode ser aplicada a outros riscos naturais para quantificar os benefícios econômicos de investimentos em redução de riscos, promovendo uma melhor gestão dos mesmos.
Na análise de riscos realizada em Tegucigalpa foi aplicado um procedimento inovador e completo que inclui:
Sessões colaborativas com os principais atores envolvidos para identificar de forma abrangente os possíveis modos de falha do sistema de gestão de inundações, incluindo as infraestruturas críticas a montante (grandes barragens), as estruturas de proteção contra inundações e os sistemas de alerta e gestão de emergências.
Quantificação dos riscos de inundação no centro de Tegucigalpa utilizando modelos quantitativos de risco. Os efeitos das mudanças climáticas e das alterações populacionais também são analisados para diferentes cenários.
Análise do impacto das medidas estruturais e não estruturais propostas.
Análise de custo-benefício para comparar os custos de construção e manutenção das novas medidas com os benefícios de redução de risco que elas proporcionam.
Em conclusão, a abordagem descrita — desde as sessões de trabalho colaborativo até a quantificação do risco e análise de custo-benefício — pode ser aplicada em outros locais e a outros tipos de riscos naturais, reforçando a necessidade de medidas de redução de risco tanto estruturais quanto não estruturais.